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Nossa história

Entenda um pouco das origens da ASFA e o contexto da nossa criação.

A Associação Francisco de Assis surgiu da intenção e vontade de um grupo de pessoas estudiosas da Doutrina Espírita de realizar um trabalho perene de caridade. No início de 2007, o então vicentino José Vilmar Pereira do Carmo conhecera Regina Rodrigues dos Santos, que era facilitadora no ESDE (Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita) na Federação Espírita (FEB). Os dois, com o apoio de outros colegas espíritas da FEB decidiram se unir para realizarem um trabalho semelhante ao que Vilmar fazia no Grupo dos Vicentinos: amparar famílias carentes.

Esse convite seria então o embrião da ASFA: formada por meio do grupo cujos membros tinham algo em comum: o desejo de praticar a caridade. Além de Vilmar e Regina, participaram da fundação da nova associação: Thatiane de Morais Rosa, Maria Nelcina Matos, Sandro Rodrigues Costa, Karen Antunes de Miranda, Alexandre Mateus Gomes de Oliveira, Carolina Rodrigues Barcelos de Oliveira, Norma Célia, Rosangela Rodrigues dos Santos, Medge Torres de Brito Santos, Zirlene Maria de Matos, Caroline de Andrade Bezerra e Leonardo Lima Pepino de Macedo.

As reuniões do grupo eram realizadas na casa da Regina. Foi ali que começou a ser bolado inclusive o estatuto baseado no modelo que os vicentinos usavam: visitar e acompanhar quinzenalmente uma família carente, com objetivo de “ensinar a pescar”, ou seja, a caminhar com as próprias pernas no sentido do bem.

Já em março de 2008, além do estatuto, era criado também o CNPJ da nova associação. E Vilmar se tornara o seu primeiro presidente.

Ali na Cidade Estrutural, no período que se iniciava a história da ASFA, o lixão estava a pleno vapor. E, em razão da proximidade e condição das famílias, foi escolhido como local para fundação da nova associação. Vale mencionar que o antigo “Lixão da Estrutural” encerrou as atividades há pouco mais de dois anos (início de 2018), por determinação do Tribunal de Justiça do DF, motivada por uma ação do Ministério Público.

Então, no dia combinado, o grupo se encontrou na entrada da Estrutural, fizeram uma prece, e,  em seguida, conheceram  a Eleuza que, juntamente a seus seis filhos, se tornou a primeira família a ser assistida pela nova associação. E foi com ela que começou também o trabalho de Evangelização da ASFA, à sombra de uma arvore (foto), atividade esta que se tornou o cerne principal da associação desde então.

Posteriormente, a ASFA conseguiu um terreno para sediar suas atividades em um local que já havia pertencido à Pastoral do Menor da Paróquia São Paulo Apóstolo e depois ao grupo T-bone (o famoso ‘Açougue Cultural’, da Asa Norte). Quando a ASFA ocupou o terreno, havia só uma moradora numa pequena casa do caseiro, e com apenas um cômodo fechado (a biblioteca), e um galpão coberto.

Mais e mais famílias da localidade foram atraídas para a nova associação. Assim, a Evangelização foi se organizando para atender as novas turmas que surgiam. E, com o tempo, acabou sendo implementada com o oferecimento de lanches, passes, empréstimos de livros. Este último, inclusive, estimulou o desenvolvimento de outro trabalho: o funcionamento da biblioteca no domingo à tarde, no mesmo dia da Evangelização, que ocorria quinzenalmente.

Outros trabalhos foram se desenvolvendo a medida que o tempo ía passando. Da contação de histórias, por exemplo, surgiu trabalhos com as crianças envolvendo desenho, pintura, artesanato, música, dança e teatro.

As atividades da outrora nomeada “Biblioteca Pequeno Grande Leitor da ASFA” ganhara novo nome: “Tarde Cultural”. Depois surgiam os clubes, ou seja, turmas que tinham nome e identificação, como ocorre até hoje.

Em 2013, surgia uma importante parte da nova associação: a Cozinha da Asfa, devido à necessidade de incrementar as refeições oferecidas às crianças, inclusive almoço, e por isso foi realizada uma campanha para arrecadar doações a fim de se construir a cozinha da associação.

O projeto Cozinha da ASFA possibilitou também uma ampla reforma em toda a sede da associação. E, também, a realização de oficinas profissionalizantes para o empreendedorismo que visa geração de renda pelas famílias assistidas.

Até então, os trabalhos da ASFA eram realizados quinzenalmente, com um único foco: as aulas de Evangelização, com duração de uma hora (9h30 às 10h30). Daí, por volta de 2013, já havia a chamada “Tarde Cultural”, que depois se chamaria “ASFA Cultural”. Porém, devido à necessidade de as famílias estarem em casa para serem visitadas após a Evangelização, a ASFA Cultural passou a acontecer no outro domingo, já que a Evangelização ocorria quinzenalmente, também aos domingos. Isso já por volta de 2014.

A ASFA Cultural mudou então novamente de nome, passando a se chamar, finalmente, de “Evangelização pelas Artes”, com horário maior em relação à Evangelização que já ocorria no outro domingo.

“A metodologia do Mário da Costa Barbosa, que baseou a elaboração da obra espírita “Conviver para Amar e Servir”, reforçou a ideia de que a Evangelização não acontece apenas na sala de aula expositiva mas, também, na recepção, na hora da refeição, no momento de brincar e no de trabalhar.

Atualmente há 75 famílias da Cidade Estrutural cadastradas na ASFA (por meio de matrícula voluntária realizada todo início de ano). São trabalhos de Evangelização Cristã, passes, acompanhamento familiar, estímulo à leitura e cultura, doação de cestas básicas e oficinas de diversos tipos.

Outro trabalho da ASFA é a distribuição de sopa na rodoviária do Plano Piloto com o objetivo de levar um pouco de “Luz e Paz” (nome do projeto) para pessoas que estão a margem da sociedade, muitas vezes dependentes de álcool, drogas e em situação de extrema pobreza. Frequentemente também outros eventos e ações são promovidos pela associação tais como passeios externos com as crianças e jovens, “dia da beleza”, bazares e, atualmente, devido ao atual contexto da pandemia, entrega de cestas básicas às famílias assistidas pela ASFA.

No último dia 9 de julho de 2020, a ASFA foi elogiada na reunião do CRE 7 (Conselho Regional Espírita) em razão do seu esforço para manter um constante trabalho de diálogo em torno do Evangelho Espírita com as famílias da Cidade Estrutural.

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